Os carros elétricos são uma inovação em inúmeros aspectos: não emitem poluentes, têm custos muito menores em manutenção e combustível, são silenciosos e ideais para o uso nas cidades.
Frente a tantas vantagens, aderir a essa tendência se torna quase necessário, tanto para o ambiente quanto para o motorista.
Abaixo, temos o que te separa da dependência pelos postos de gasolina e as principais vantagens do veículo elétrico, que vão muito além da praticidade.
O que você vai ver aqui:
Veículos elétricos e híbridos
Os carros elétricos, ou carros EV (electric vehicles), estão divididos em dois grandes grupos, separados pelo principal combustível usado.
Enquanto os veículos elétricos são de motores alimentados somente por baterias, os híbridos têm simultaneamente um motor de combustão principal e um elétrico secundário, e alternam o uso de ambas as fontes para maximizar o alcance e balancear a potência do carro.
Consequentemente, a distância que um veículo híbridos pode rodar sem depender de uma tomada é maior que a de um veículo totalmente elétrico, mas ele ainda é dependente de outros combustíveis, que variam entre etanol, gasolina e diesel, de acordo com o modelo.
Ambos os carros híbridos e elétricos podem ser carregados tanto por estações de carregamento especializadas, as chamadas charging stations, ou armazenar energia por meio de carregadores que usam por exemplo a energia que normalmente é desperdiçada na frenagem como fonte para o motor.
Atualmente a grande maioria dos veículos é dependente das tomadas e não consegue ser autossuficiente na geração de energia, nem mesmo os híbridos.
Como carregar seu veículo
Uma das maiores vantagens do carro elétrico é indiscutivelmente a possibilidade de carregá-lo em casa, o que o faz totalmente independente de postos de combustível e estações de carregamento, dependendo da distância a ser percorrida.
É possível abastecer seu carro elétrico diretamente de uma tomada 120V, sem modificações ou outros custos na casa.
Com essa praticidade, o alcance que se atinge por hora carregada fica entre 6 e 9 km, o que é ideal para o uso cotidiano entre a casa e destinos próximos, como o trabalho, mas inviável em viagens longas onde o tempo de recarga pode prejudicar o trajeto.
Para aumentar a velocidade de carga são necessárias alguns custos e modificações na rede elétrica.
O valor das peças (que podem ser compradas na internet), instalação e possíveis reformas pode ser elevado, mas aumenta a recarga significativamente, para 16 a 40 km por hora de conexão.
Há ainda opções mais rápidas, como a de 400V, que pode carregar 80% da bateria em meros 30 minutos mas que é inviável para uso doméstico pelo alto custo.
Estações de carregamento
Estações de carregamento são, felizmente, em sua maioria de 400V, e uma opção barata e viável para motoristas.
Porém, um dos maiores problemas para popularização de carros elétricos no Brasil é a falta de infraestrutura e oferta dessas estações.
Hoje há cerca de 150 pelo país, concentradas majoritariamente na cidade de São Paulo e outros grandes metrópoles, como no Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba.
Em plugshare.com pode-se encontrar a localização das estações e maiores informações como o tipo e número de tomadas e outros serviços disponíveis para os clientes.
Estima-se que nos próximos anos 2,5% dos carros brasileiros sejam elétricos, e que, consequentemente, o número de estações suba para aproximadamente 15 mil.
Mesmo assim, para especialistas, o abastecimento dos veículos tende a se concentrar nas residências, principalmente pela comodidade e relativo baixo custo de manutenção e instalação.
Autonomia
A falta de estrutura no Brasil traz consigo um outro grande problema: a oferta rasa de modelos e opções, o que limita ainda mais as vantagens do carro elétrico.
Os modelos mais visados, como Tesla, Chevrolet Volt ou Toyota Prius, chegam a rodar 320 km sem precisar de carga, mas estão indisponíveis por aqui ou não são facilmente encontrados, o que nos limita a gama mais homogênea de modelos.
Atualmente, a média dos carros mais comuns e facilmente encontrados é de 160 km de autonomia. Os modelos híbridos, usando somente o motor elétrico, fazem em média 40 km quando totalmente carregados.
Mesmo baixa, essa autonomia ainda pode permitir que em viagens curtas o carro seja totalmente independente de postos de combustível e é ideal para o uso diário em cidades e percursos de rotina.
Manutenção
Como têm menos partes móveis na mecânica, se comparados aos motores à combustão, os carros elétricos podem passar mais milhares de quilômetros sem precisar passar por manutenção, o que quase anula seus gastos com check-ups obrigatórios e troca de peças e óleo.
Mas como qualquer bateria, as do carro elétrico também têm uma vida útil finita. Aproximadamente a cada 130 mil km as células começam a perder a capacidade total de carga, e a bateria começa a se deteriorar, ficando cada vez mais fracas.
Algumas marcas oferecem a manutenção gratuita das células mas, caso não, o proprietário desembolsará em média R$20.000 com o serviço de troca e a bateria nova, o que ainda está extremamente inferior aos valores gastos num carro comum.