Objeto de imaginação no passado, a mochila voadora já é real está sendo vendida para pilotos qualificados. Por ser um meio de transporte rápido e potente, as mochilas voadoras estão ganhando cada vez mais espaço ao redor do mundo.
Um dos modelos mais conhecidos de mochila voadora é a JB, produzida pela Jetpack Aviation.
A empresa de aviação vem desenvolvendo jetpacks há aproximadamente 40 anos.
O JB10 pode voar a 160 Km/h por até 10 minutos e foi colocado à venda apenas para condutores qualificados.
A empresa planejava realizar uma venda geral da mochila voadora a partir de 2019, porém, um novo modelo acaba de ser anunciado.
Durante a CES, a Jetpack Aviation apresentou a JB11, uma versão melhorada da JB10. O novo jetpack pode voar a até 241 Km/h!
Além da Jetpack Aviation, há outra empresa que pretende comercializar mochilas voadoras. A Martin Aircraft Company planeja lançar uma mochila voadora para o público-geral até 2020.
Enquanto isso, a empresa já está testando um modelo de jetpack que tem autonomia de 20 Km.
Apesar de ser uma invenção muito esperada desde o século passado, a mochila voadora ainda tem barreiras a transpor. Isso porque a tecnologia e o custo para usá-la ainda são muito caros.
Independente disso, a mochila voadora pode entrar no hall de meios de transporte futuristas, juntamente com o Hyperloop, por exemplo.
Saiba tudo sobre mochilas voadoras e conheça os principais modelos.
O que você vai ver aqui:
Mochila voadora: a invenção que todo mundo queria ver
Desde o início do século passado, muitas pessoas – principalmente amantes de ficção científica – sonhavam com a criação de uma mochila voadora.
A partir da década de 60, a invenção que todo mundo queria ver se tornou realidade. O Bell Rocket Belt, um jetpack que logo se tornou a sensação do momento, foi lançado.
Desde então, diversas empresas têm tentado criar modelos de mochila voadora eficientes e seguros.
Hoje em dia, é possível ver a utilização de uma espécie de mochila voadora no espaço. Em missões extraveiculares, os astronautas usam um tipo de mochila propulsora que os deslocam pelo espaço.
Mas como funciona uma mochila voadora aqui na Terra?
Basicamente, um jetpack funciona através de um motor, que ativa turbinas, localizadas na parte traseira ou lateral da “mochila”, que normalmente é movida a combustíveis fósseis.
Conheça a seguir os dois principais modelos de mochila voadora que estão ganhando destaque ao redor do mundo.
Jetpack Aviation
Fundada por David Mayman, a Jetpack Aviation é uma empresa de aviação que trabalha há quase 40 anos no desenvolvimento de mochilas voadoras.
David iniciou seus trabalhos com o jetpack de forma independente em 1985. Em 2006, se juntou ao designer Nelson Tyler. Desde então, os dois têm desenvolvido diversas versões de sua mochila voadora, chamada de JB.
O primeiro modelo de mochila voadora testado foi o JB6, em dezembro de 2006. Quatro anos depois, a Jetpack Aviation testou seu novo modelo, o JB7.
Em dezembro de 2016 a empresa começou os testes com o JB10. Foram realizados mais de 400 testes com a mochila voadora.
A Jetpack Aviation tinha planos para vender a versão da mochila voadora a partir de 2019. Mas logo após os testes, a empresa já começou a comercializar o JB10 para condutores qualificados, ou seja, que fizeram um treinamento para o uso do equipamento.
O JB10 pode voar a 3 mil metros de altura, a uma velocidade máxima de 160 Km/h.
O veículo tem autonomia para voar por um período de tempo entre cinco e dez minutos.
Para a produção de seus jetpacks, a empresa iniciou um financiamento coletivo, e arrecadou quase U$ 250 mil.
E a Jetpack Aviation não parou por aí. Um novo modelo, JB11 acaba de ser apresentado ao mundo.
JB11: a mochila voadora da Jetpack Aviation
Durante a CES – evento de tecnologia – que ocorreu em 2018, na cidade de Las Vegas, a Jetpack Aviation apresentou sua nova geração da mochila voadora.
A nova mochila voadora da Jetpack Aviation conta com seis propulsores – quatro a mais que a versão anterior. Outro ponto a se notar é que os propulsores ficaram menores e mais potentes.
O JB11 pode chegar a uma velocidade máxima de 241 Km/h, podendo voar a 4,5 mil metros de altura.
Além disso, o veículo conta com tecnologia de autoestabilização. Se, por exemplo, uma das turbinas falhar, a mochila voadora será capaz de ajustar o nível de propulsão. Essa tecnologia é importante para que, caso esse tipo de incidente ocorra, o piloto não fique girando no ar.
A empresa já está conversando com a Marinha dos EUA para a comercialização das mochilas voadoras. Porém, para que possam vender, precisam incluir no jetpack um item de segurança essencial: o paraquedas.
E esse é o atual esforço da empresa, desenvolver um paraquedas para o JB11.
O valor e data de lançamento do JB11 para o público geral ainda não foram divulgados. Para saber mais sobre a Jetpack Aviation, acesse o site da empresa.
Martin Jetpack: mochila voadora da Martin Aircarft Company
Há 35 anos, a empresa de aviação Martin Aircarft Company vem desenvolvendo seu modelo de mochila voadora.
E finalmente foi apresentado a Martin Jetpack, uma mochila voadora que alia segurança a potência e boa autonomia.
A Martin Jetpack pode chegar a uma velocidade máxima de 74 Km/h, voando a 760 metros de altura.
A mochila voadora – movida a gasolina – tem 20 Km de autonomia e capacidade para carregar um tripulante de até 100 Kg.
Paraquedas balístico e gaiola de proteção das turbinas são alguns itens de segurança que a Martin Jetpack tem.
A Martin Aircarft anunciou que até 2020 lançará uma versão da mochila voadora para uso recreativo.
De qualquer forma, só poderá comprar uma unidade quem realizar um treinamento promovido pela própria empresa.
Para saber mais sobre a Martin Jetpack, acesse o site da empresa.
Apesar de seu apelo popular, as mochilas voadoras consomem muito combustível fóssil para que possam se manter no ar.
Dessa forma, a popularização das mochilas voadoras segue o caminho inverso trilhado atualmente por carros elétricos e híbridos, que são considerados veículos ecologicamente corretos.
Porém, é preciso admitir que mochilas voadoras são uma inovação muito interessante e que podem ser muito úteis em um futuro próximo. Caso seja encontrada alguma solução para torná-las mais “limpas”, melhor ainda.