Visando a redução da emissão de poluição, a Grécia divulgou incentivos fiscais para carros elétricos. Além disso, fora os carros elétricos, motocicletas e bicicletas também terão incentivos.
A estratégia é aumentar significativamente a quantidade de carros elétricos nas ruas, que hoje somam apenas 0,3%.
O foco dos incentivos fiscais para carros elétricos é cumprir o plano de emissão de carbono para os próximos 10 anos.
Quando comparada com outros países da Europa, a Grécia está muito atrás nos números. Só para exemplificar, os carros elétricos já somam 10% de toda a frota da Alemanha.
Na sexta-feira, o primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis apresentou o plano de mobilidade: em Atenas, até 2030, um em cada três novos carros serão elétricos.
“Estamos subsidiando a compra de novos tipos de carros com 100 milhões de euros por 18 meses na primeira etapa. Isso deve cobrir 25% do custo de cerca de 14.000 novos carros elétricos“, disse Mitsotakis.
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Plano de redução de poluentes vai além dos incentivos fiscais para carros elétricos
Fora os subsídios para os carros elétricos, o plano engloba também motos e táxis. Além disso, conta com a instalação de postos de abastecimento em todo o país.
Fora isso, os motoristas de carros elétricos estarão isentos de taxas relacionadas à estacionamento por 2 anos, sendo mais um dos incentivos fiscais para carros elétricos.
No entanto, para que a UE consiga bater suas metas até 2030, a Grécia será forçada a encerrar usinas elétricas a carvão. Assim, até 2023, ela prometeu encerrar todas suas usinas, com exceção de uma.
As usinas elétricas a carvão da Grécia usam linhito, uma espécie de carvão marrom altamente poluente.
Por causa da grande concentração dessas usinas no norte da Grécia e no sul do Peloponeso, foram anunciados incentivos para novas fábricas de carros elétricos nessas regiões, buscando minimizar os danos das usinas.
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Grécia a beira de uma recessão
Um dos fatores mais preocupantes quanto à esta notícia de incentivos fiscais para carros elétricos é a possível recessão na Grécia.
Quando questionado sobre os efeitos do coronavírus, o primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis alertou que o país “não será uma exceção na recessão muito profunda esperada em todo mundo”.
De acordo com o Fundo Monetário Internacional, o confinamento imposto na Grécia causará uma redução de 10% no PIB do país. Era esperado um crescimento de 2,4% em 2020, antes da pandemia.
De fato, a Grécia tem 12% de seu PIB em turismo, um dos setores mais afetados por causa da doença. Dessa forma, é esperado uma perda entre 8 e 10 bilhões de euros este ano.
A Grécia vive um momento de incerteza, onde o risco do desemprego tem assombrado os trabalhadores. Estimativas do ministro das Finanças alertou para um desemprego na ordem de 20% este ano.
Em vista de todo o cenário econômico, é esperado que os incentivos ficais para carros elétricos só tenham efeito quando a situação se normalizar, algo que não pode ser previsto.
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