carro elétrico da Fiat 500e

Carro elétrico da Fiat gera grande prejuízo para a montadora

O carro elétrico da Fiat 500e está causando um prejuízo significativo para a montadora. A cada unidade produzida do veículo, a Fiat perde milhares de dólares. Saiba mais sobre isso e conheça também o Palio Weekend elétrico, produzido em parceria com a hidrelétrica de Itaipu!

Carro elétrico da Fiat 500e: a dor de cabeça da montadora

Considerado o primeiro carro elétrico da Fiat Chrysler, o 500e poderia ter tudo para dar certo. Porém, não foi isso o que aconteceu.

Desde seu lançamento, o 500e tem sido uma dor de cabeça para a montadora.

O 500e em números 

carros elétricos da Fiat

Antes de entender porque carro elétrico da Fiat é um problema para a montadora, conheça suas principais especificações.

Design

O 500e é uma versão elétrica do 500, da Fiat. O design exterior da versão elétrica praticamente não muda, se comparado à versão de combustão.

A maior diferença está na motorização.

Potência e autonomia

O carro elétrico da Fiat conta com um motor elétrico de 111 cavalos, dando ao veículo uma velocidade máxima de 137 Km/h.

Para fornecer essa energia, o veículo conta com um conjunto de baterias de íon-lítio de 24 kWh. O carro elétrico da Fiat tem autonomia total de 140 Km. 

O 500e tem sua bateria completa com uma carga de 4 horas em uma tomada 220 V.

Preço

O Fiat 500e está disponível para compra nos EUA por U$ 32,995 mil, ou R$ 107 mil em conversão direta.

500e gera prejuízo de 20 mil dólares por unidade 

carro elétrico da Fiat 500e 2

Em 2013, a Fiat constatou que a produção do 500e estava gerando um rombo de U$ 10 mil por unidade.

Um ano depois, esse valor subiu, e o 500e passou a gerar U$ 14 mil de prejuízo.

Mais recentemente houve outro aumento nesse valor.

Cada unidade do carro elétrico da Fiat está gerando um prejuízo de U$ 20 mil para a montadora. 

Convertendo esse valor para nossa moeda, a Fiat teria um prejuízo de R$ 65 mil por unidade.

O prejuízo da Fiat com a produção da versão elétrica do 500 tem subido gradativamente. Em poucos anos, o valor que cada unidade do 500e gera de prejuízo dobrou. 

CEO da Fiat pede para consumidores pararem de comprar o 500e

Percebendo o rombo que a produção do 500e estava gerando para a Fiat, Sergio Marchionne, CEO da montadora, fez uma declaração um tanto incomum.

Sergio pediu para que as pessoas parassem de comprar o carro elétrico da Fiat.

A declaração foi feita durante uma conferência em Washington, que ocorreu em 2014.

Durante a conferência, o Presidente da Fiat declarou: “Espero que vocês não o comprem, pois toda vez que vendo um, perco 14 mil dólares”. O CEO também disse que está cansado de perder dinheiro.

Desde a época desse discurso, o valor do prejuízo por unidade do 500e subiu U$ 6 mil.

Mas, se o carro elétrico da Fiat está dando prejuízo à montadora, por que eles não suspendem a produção?

Fiat precisa cumprir lei ambiental na Califórnia

O principal objetivo da produção do 500e é o cumprimento de uma lei ambiental estabelecida nos Estados Unidos.

Por lei, até 2025, uma determinada quantidade de carros elétricos precisa estar rodando nas ruas da Califórnia. 

Dessa forma, a intenção da Fiat é vender somente a quantidade necessária para que a montadora atinja essa cota.

Porque o carro elétrico da Fiat está gerando prejuízo? 

carro elétrico 500e fiat

Sabe-se que os carros elétricos estão se tornando cada vez mais necessários, pois são ecologicamente corretos e muito econômicos.

Por isso, a maioria das montadoras ao redor do mundo estão investindo nos veículos com esse novo tipo de propulsão.

Mas apesar da popularidade dos carros elétricos, produzir esse tipo de veículo ainda é caro.

Entre os principais gastos na produção de carros elétricos está a compra do conjunto de baterias

As baterias para carros elétricos estão cada vez mais desenvolvidas, porém, seu valor ainda continua muito alto.

O carro elétrico da Fiat está gerando prejuízo, pois não está conseguindo pagar a própria tecnologia com seu valor de mercado.

Isso significa que a empresa gasta muito produzindo o carro, porém, o valor de venda acaba não pagando por completo essa produção.

Carro elétrico da Chevrolet também gerou prejuízo

Um rombo causado pela produção de um modelo de carro elétrico não é exclusividade da Fiat.

Apesar de a empresa estar passando por dificuldades com o 500e, o Bolt, da Chevrolet, também passa por uma situação parecida.

A Chevrolet declarou que cada modelo do Bolt EV produzido gera um prejuízo de U$ 9 mil.

De qualquer forma, a Fiat ainda está em uma situação bem pior, perdendo quase o dobro de dinheiro.

Palio Weekend elétrica é produzida pela Fiat em parceria com a Itaipu

Em 2006, a Fiat começou uma parceria com a hidrelétrica de Itaipu e com a KWO Grimselstrom para a produção de uma versão elétrica do Palio Weekend.

Com a produção do Palio Weekend elétrico, a empresa quer auxiliar na capacitação de pessoas para o desenvolvimento de componentes nacionais para carros elétricos. 

Design

Se não fosse pela pintura verde e a sinalização “Elétrico” na lateral, seria praticamente impossível adivinhar que essa versão do Palio Weekend é elétrica. Isso porque o design exterior é quase igual à versão convencional do carro.

Por dentro há algumas mudanças, como a presença de um joystick em vez de um câmbio, além de um display para o controle de informações relacionadas à bateria. 

Potência e autonomia

O carro da Fiat conta com um motor elétrico de 20 cavalos, possibilitando uma velocidade máxima de 100 Km/h.

Com uma bateria de sódio, o Palio Weekend elétrico tem autonomia para rodar até 120 Km. Quando a bateria se esgota, o carro pode ser conectado em uma tomada 220 V, sendo carregado por completo em 8 horas.

66 unidades do veículo já estão sendo usadas em alguns lugares como em Fernando de Noronha e no Parque Nacional do Iguaçu.   

Para saber mais sobre o carro elétrico da Fiat produzido em parceria com a Itaipu, acesse o site da montadora.

Segundo CEO da Fiat, o futuro dos carros será elétrico

Em uma recente entrevista, o CEO da Fiat declarou que o futuro do automobilismo será elétrico e comoditizado.

Segundo ele, até 2025, mais da metade dos carros rodando nas ruas serão movidos a eletricidade. 

Além disso, o CEO disse que acredita que no futuro, o carro se tornará uma commoditiy, ou seja, um produto massificado, vendido para grande parte da população.

O futuro também será movido por carros com direção autônoma, tecnologia que ainda está sendo desenvolvida.

Ainda segundo Sergio Marchionne, as montadoras – inclusive a Fiat – terão que se reinventar nos próximos 10 anos.

Essa reinvenção significa incluir mais carros elétricos em seus portfólios, além de tornar mais acessível esse tipo de carro.   

Caso a montadora siga as previsões de seu CEO para o futuro, a empresa poderá se tornar uma força no mercado de carros elétricos e superar o “fracasso” do 500e.