Carro elétrico é um termo que todo entendedor de carro já se habituou a ouvir, destrinchamos as principais razões para adquirir um veículo destes.
Pode não ser uma grande surpresa pra você. Se tem muito interesse em carros, provavelmente já se deparou com o conceito mais de uma vez. Talvez já tenha até passado os olhos por artigos que apresentavam prós e contras. Se bobear tem até opinião formada! Mas, em tempos de desinformação e pessimismo, será que não vale a pena rever alguns conceitos?
O que você vai ver aqui:
Antes de tudo, vamos relembrar o que é um carro elétrico:
EVs (electric vehicles) são carros diferentes dos convencionais e que não poluem o meio ambiente, já que não são movidos a combustíveis fósseis. Funcionando à base de baterias recarregáveis, uma tendência enfatizada pelo trabalho da montadora e fábrica de baterias Tesla Motors, os modelos elétricos formam um gigantesco mercado em expansão que já domina o horizonte de países como Coreia do Sul, Reino Unido, França e China.
Na maioria destas nações, planos de banimento total dos convencionais foram rapidamente projetados por seus respectivos governos. Um cenário futuro em que a completa substituição dos carros convencionais por carros elétricos já teria sido realizada parece ser o mais realista.
Mas, por enquanto, quais são os bons motivos para comprar um “verdinho”? Ele ainda é caro no Brasil e a autonomia limitada de suas baterias, em geral, carece de melhorias que visem maior independência do automóvel. A maioria dos EVs só consegue fazer uns 140 km/h antes de descarregar.
Tem até jeitinho de elefante branco, não é?
Bom, este artigo vem te apresentar algumas razões pelas quais a compra de um carro elétrico é um excelente negócio aqui e agora. Daqui a alguns anos a gente nem vai ter opção, já que eles terão dominado inteiramente o mercado, mas há bons motivos para desde já botar os pés no futuro. Ou nos pedais do futuro.
Elétricos não emitem gases poluentes
A emissão ininterrupta de gases poluentes é a consequência mais terrível do uso massivo de modelos convencionais. Deu e continua dando uma ajudinha indesejável pro aquecimento global, derretendo geleiras, aumentando perigosamente os níveis dos mares e extinguindo espécies. Trata-se de um fenômeno que, alimentado pela ação humana, cada vez mais ameaça nosso bem-estar. E não só nosso bem-estar: também nossa segurança, nosso futuro e, em cenários extremos, até nossa existência.
Pensando nisso, um dos aspectos mais relevantes e contemporâneos do veículo elétrico é sua sustentabilidade. Na verdade, é até uma razão moderna para sua existência. Carros elétricos estão aí principalmente para minimizar o massacre contra o meio ambiente que vem sendo perpetrado pela humanidade. Há tempos atrás, a ineficiência das baterias tornaria a ideia de uma indústria automobilística 100% elétrica a utopia de um lunático.
Hoje, com desenvolvedores como Elon Musk e sua Tesla quebrando paradigmas a cada dia, coisa de louco (ou de magnata do petróleo) é querer defender os combustíveis fósseis e os carros poluentes. Basta comparar a combustão do convencional e a indução do elétrico.
Para entender melhor
Enquanto os convencionais usam um motor de combustão, o automóvel elétrico apropria-se de fundamentos eletromagnéticos desenvolvidos por Nikola Tesla para alimentar seu motor de indução à base de eletricidade pura. Como se o motor do carro fosse uma versão muito mais poderosa da bateria do seu aspirador de pó. Ou do seu notebook mesmo.
Daí que os veículos elétricos movidos por baterias íons-lítio são de fato 100% elétricos. Gasolina? Diesel? Álcool? Esquece essa turminha que precisa de combustão. Não rola.
Dito isso, a tecnologia que move os elétricos na verdade já existe há bastante tempo: carros elétricos estão longe de ser uma criação recente. Porém, havia uma série de constrições tecnológicas que afetavam o desempenho e a praticidade dos EVs quando comparados aos outros automóveis, bem mais autônomos.
Infelizmente os “carros verdes” não puderam batalhar à época com os carros de combustão, uma competição que fazia ainda menos sentido quando as pessoas não conheciam ou não davam a mínima pro aquecimento global.
Hoje, a capacidade das baterias mudou. Assim como a de nossos cientistas para pesquisar e compreender a extensão dos danos causados pela humanidade à natureza. Todos nós sabemos que automóveis elétricos serão um passo inevitável. Nossas indústrias precisam se acostumar a uma realidade mais sustentável e responsável.
Os fãs de carros também.
Economizam em combustível
Interligado com o motivo anterior. Comprar um carro elétrico significa gastar muito menos com combustíveis. Quer dizer, muito menos? Significa gastar ZERO reais com combustíveis.
Se você adquirir um EV, prepare-se para gastar… na prestação. Se tiver, né. Pagando à vista, é só pegar o carro e dar adeus às contas.
Explico: quando a gente fala dos problemas relacionados ao custo dos elétricos, é claro que a gente se refere especificamente ao custo de aquisição do carro. Porque quanto aos gastos diários com combustível, estes inexistem.
Mesmo os híbridos, que ainda fazem uso de combustível em escala reduzida, representam uma redução de gastos gigantesca em relação aos convencionais. É uma outra opção razoável, apesar de ainda ter alguns impactos no meio ambiente e apresentar um conceito que, ligando as duas tendências, parece de fato funcionar como um tipo de “veículo de transição”.
Quem não vai ficar nada feliz com isso são as petrolíferas, mas convenhamos que a felicidade delas é menos importante que a do planeta. E também menos que a do motorista. É de se prever que no futuro, quando a autonomia das baterias igualar ou superar as dos mais avançados modelos convencionais, os elétricos fiquem tão independentes e hegemônicos que o posto de gasolina irá se tornar um estabelecimento tão arcaico e sem sentido quanto as videolocadoras.
São mais duráveis
Algo extremamente interessante nos carros elétricos e que pode embasbacar os desinformados é que ele utiliza pouquíssimas peças. Quer dizer, com exceção da bateria e sua alimentação, não há muito a acrescentar ao carro. Direção, pedais e lataria já fazem o serviço: o que explica, por exemplo, a tranquilidade da indústria em produzir carros elétricos de tamanhos menores.
E também outro quesito essencial para estudar antes de comprar um automóvel: sua durabilidade.
Ao contrário de carros de combustão, elétricos dificilmente apresentam defeitos. Afinal, têm poucas peças para quebrar e poucos “órgãos” no capô: sabe bomba d’água, bomba de combustível, radiador, etc? Modelos elétricos não têm nada disso. Em verdade, são tão superiores neste quesito que muitos os compram justamente pela facilidade de manutenção.
Graça à sua economia de peças e à ausência de combustível, carros elétricos são mais duráveis. Sua performance, garantida a qualidade da bateria, não é comprometida com o tempo. Você não precisa se preocupar em trocar esse componente ou aquele para fazer seu veículo funcionar. Ele não começa a morrer no meio da estrada por motivos misteriosos. Com a bateria carregada, um elétrico dificilmente deixa seu motorista na mão.
Lembra quando eu disse que os elétricos aposentariam os postos de gasolina? Bom, as oficinas também estão na lista.
E mais silenciosos
Pense num tráfego ideal. Ruas livres, carros se movimentando sem estresse ou grandes riscos de acidente. Cenário relaxante, não? Agora pense numa estrada mais realista: congestionada, repleta de motores roncando, ruídos de freios e buzinas horrorosas.
Este caos urbano não seria desfeito pelos elétricos (é preciso repensar toda uma engenharia de tráfego e hábitos de trânsito), mas certamente seria minimizado por seu silêncio. Carros elétricos são, de fato, muito mais silenciosos do que os carros convencionais. Evidente que eles têm buzina e também produzem ruído no atrito do pneu com o solo, mas os chatíssimos roncos e vibrações de motor? Não, senhor.
Contudo, este permanece sendo um ponto polêmico. A sociedade se acostumou com a barulheira dos carros, que também não deixava de funcionar como alerta para os pedestres. Imagine uma senhora surda atravessando a rua sem perceber, tragicamente, a aproximação de um veículo em alta velocidade (apesar de que as chances de um elétrico frear a tempo são redobradas). O barulho poderia ter alertado a idosa de que a estrada só estava aparentemente vazia.
Em vista disso, carros completamente silenciosos podem ser um perigo para os desavisados. Ao invés de melhorar a condução, podem acabar tornando-a mais perigosa e suscetível a acidentes.
Para solucionar o problema, alguns países já vêm introduzindo legislação para regular os sons dos automóveis. Ou seja, embora o carro elétrico seja silencioso de fábrica, ele precisará emitir algum tipo de sinal sonoro para segurança dos motoristas e dos transeuntes.
O ponto positivo da exigência é que esse som não precisa ser o desagradável ronco de motor, mas algo que seja mais misericordioso com os ouvidos do povo.
Sua condução é mais fluida e confortável
Carros elétricos são mais fáceis de dirigir. Por contarem com menos peças, a aceleração e o torque são instantâneos.
Em verdade, um elétrico “arranca” com tanta suavidade e velocidade que nem parece uma arrancada. E nem precisa de movimentos de marcha para isso! É algo fluido, natural, que concede ao motorista um maior controle do carro e transmite segurança para ele e seus passageiros.
O conforto é top de linha. As montadoras têm tempo para se dedicar à composição de um veículo que demonstre uma performance superior não apenas no desempenho do motor, mas na qualidade dos assentos, dos refrigeradores, da interação com GPS e sistema operacional.
Algumas pessoas comparam a experiência de dirigir (ou tomar carona em) um elétrico com a pilotagem de uma espaçonave. E não é só pela customização de seus sons. É que a experiência é tão moderna, tão diferente, que é difícil não se sentir dirigindo algo completamente sem precedentes. Isto é, algo que seja novo de verdade.
De volta ao desempenho técnico, carros elétricos, por conta da capacidade de reação das baterias, têm um controle de frenagem muito mais inteligente do que o dos carros convencionais: se o dono do carro retira o pé do acelerador, o veículo conta com uma reação imediata da bateria e freia suavemente. O motorista só precisa lembrar do pedal de freio se for necessário parar o carro bruscamente. Nesta situação, ele funcionará tão bem quanto o melhor freio de um convencional.
E não é só isso: o freio também converte energia cinética em energia elétrica. Este sistema de otimização da carga da bateria também está presente em híbridos (em alguns modelos, é a única opção disponível de recarga).
Obviamente, como quaisquer outros carros, um elétrico requer um motorista habilitado e responsável.
Carros elétricos apresentam uma performance mais intuitiva e encontram respostas mais rápidas para questões como manutenção, freio e marcha (que estão presentes no elétrico de maneira mais simplificada). Certo. Mas não significa que qualquer um, até quem nunca pegou em um volante, possa dirigir maravilhosamente bem um automóvel elétrico. Autoescola é o caminho sempre.
Muito mais seguros
Ok, muito já foi dito sobre a segurança dos carros elétricos. Depois de casos de incêndio relacionados ao superaquecimento das baterias lá no começo da década, não faltou quem condenasse os elétricos (uma crítica que se estende à indústria como um todo) e os apontasse como tecnologias arriscadas não apenas por conta dos incidentes, mas também pelo pouco se conhecia sobre eles.
Bom, tanta histeria já poderia ser questionada na época assim que comparassem os índices de incêndios dos elétricos com os convencionais. O abismo é perceptível: óbvio que o risco de incêndio do carro elétrico é muito menor. Mas MUITO menor.
Afinal, os convencionais são praticamente bombas-relógio movidas pela queima de líquidos ALTAMENTE inflamáveis. Gasolina! Álcool! Afinal, quantos carros já não incendiaram no decorrer de sua história? Quantos postos de gasolina não explodiram? E apesar de sabermos do risco, eles continuam sendo comprados, usados, revendidos… e por vezes incendiados, usualmente com consequências trágicas. Sem surpresas. Isto não mudou com o tempo. A segurança dos automóveis convencionais, neste sentido, foi pouquíssimo aprimorada.
Em compensação, os elétricos aprendem com seus erros. Com baterias cada vez mais sofisticadas e atualizadas, maximizando potência, autonomia, vida útil e estabilidade, os elétricos são inegavelmente mais seguros que os convencionais. Mais que isso: eles vêm estabelecendo novos paradigmas de segurança.
Não apenas porque motores elétricos trazem menor risco de explosão (convenhamos que uma pessoa racional não vai aparecer na concessionária e perguntar com a maior naturalidade “bom dia, você poderia me informar qual desses modelos tem menor chance de virar uma bola de fogo e fumaça?”), mas porque seus sistemas de frenagem, marcha e aceleração também são infinitamente superiores.
E a tendência, dado o crescente investimento de empresas como a Tesla no aperfeiçoamento da performance e da estrutura de seus modelos, é que fiquem ainda mais seguros, reduzindo todo tipo de acidente. Incêndios de carro por defeitos no motor estão ameaçados de extinção.
Muito mais práticos
Ok, nós meio que já abordamos esta qualidade dos elétricos ao falarmos da sua durabilidade incomparável. Só que a praticidade dos “verdinhos” é tão fora de série que merece um tópico especial.
Já falamos que com um elétrico você pode aposentar trocas de combustível, de peças, problemas de transmissão e similares. Além de nunca mais precisar pisar os pés numa oficina. Mas se isto já parece bom, fica realmente ótimo no caso dos modelos provenientes de companhias como a Tesla, que trabalham com carros inteligentes e se dispõem a atualizá-los via software. Já viu um carro que fica melhor com o tempo? Pois é. Os elétricos ficam mais avançados também por trocas de software semelhantes a uma atualização de sistema operacional.
Pense num fusca que dispensasse consertos, combustíveis e ficasse melhor a cada ano que passasse. Seria sensacional, certo? Em 2050, é capaz de ser a coisa mais banal do mundo.
São incríveis
Acho que com tudo que já foi apontado neste artigo, isto não soa como surpresa. Também o que se poderia esperar daqueles que são apontados diariamente como carros do futuro?
Os EVs têm designs inovadores, funções inéditas e formam uma tendência em crescimento. Não que este artigo incentive a futilidade e o exibicionismo (seria um despropósito fazê-lo), mas não dá pra deixar de ressaltar que um carro elétrico vai, sem dúvida alguma, impactar. Claro que esta sensação, após a popularização dos elétricos e sua bem-vinda transformação em algo mais cotidiano, passará a ser exclusiva de quem possuir os EVs mais caros.
Então esse ar de novidade acaba virando um motivo (um pouquinho egoísta) para comprar um carro elétrico AGORA, né? É uma oportunidade para gabar pros vizinhos, amigos e parentes que você é um sujeito cool e ecológico (ecoológico?) e ostentar seu carrão lindo que você não precisa parar para abastecer, não enche a paciência com consertos e ainda te dá mais segurança na hora de dirigir.
Tá bem, tá bem. Vamos esquecer este “momento ostentação” e arrematar o artigo com outro tópico relevante, sério, para um leitor mais preocupado com performance técnica e importância ecológica.
Antes disso, deixa só eu reafirmar uma coisinha que você provavelmente já entendeu:
Carros elétricos. São. Muito. Maneiros.
Tá falado.
Alimentam a esperança de um futuro melhor
Um aspecto importante do combate à poluição não é apenas a tentativa de garantir de um meio ambiente equilibrado. E a própria saúde. Também se trata de tentar construir um legado. Um mundo melhor para nossos filhos, netos e bisnetos, os principais afetados pelas bobagens que seus antepassados fizeram.
A indústria dos elétricos, engrenando também baterias domiciliares, painéis solares e modelos igualmente sustentáveis de fábrica como a Gigafactory, está enviando uma mensagem de urgência para todos nós e nos preparando para a verdade que precisamos encarar o mais rápido possível: é preciso acatar a responsabilidade que tivemos, temos e teremos com o nosso planeta. E pra já.
Claro que comprar um elétrico (ou escolher andar de bicicleta) não vai miraculosamente te transformar da noite pro dia em um Al Gore. É um primeiro passo importante, sim, mas também é uma escolha conveniente e fácil.
Fácil? Por quê? Simples: porque você não está apenas “fazendo um favor” ao mundo, mas também a si mesmo