Rodovias Solares

Rodovias solares enfrentam problemas de deterioração e produção

Sem dúvidas estamos na era da revolução da eletricidade. A saber, temos aviões elétricos, carros elétricos e até mesmo rodovias solares. 

O asfalto que conhecemos é muito prejudicial ao meio ambiente. No entanto é usado em larga escala no mundo todo. 

Por ser derivado de petróleo, não é um material interessante para ser jogado por aí. Além disso, contribui muito para o aquecimento das cidades, pois retém muita temperatura.

Contudo, o projeto das estradas solares consegue suprir todos esses problemas. A saber, suas placas solares conseguem transformar luz em eletricidade. 

Certamente a rodovia solar é uma grande revolução para nossa sociedade e para o mundo como um todo. Conforme essa tecnologia for implementada, os gastos com energia irão diminuir. 

Apesar de todos os benefícios, as rodovias solares estão enfrentando problemas. Algumas estão deteriorando e outras não estão alcançando a média de produção de energia. Saiba mais a seguir. 

Primeira estrada solar na França

Em 2016, a primeira estrada solar foi inaugurada na França. A rodovia foi pavimentada com painéis solares com capacidade de abastecer energeticamente uma cidade pequena de até 5 mil habitantes.

A ministra do meio ambiente da França, Ségolène Royal, apontou o grande benefício da estrada solar. Em carta disse que “este novo uso da energia solar aproveita grandes extensões de infraestrutura rodoviária já em uso para produzir energia sem ocupar novos espaços”.

Além disso, um projeto para implementar mais estradas solares foi feito na época. A saber, a estrada solar pareceu um sucesso ao suportar o tráfego local sem sofrer danos. Ademais, todo o plano de engenharia foi feito pela empresa francesa Colas, que está acompanhando os resultados de perto.

Todavia, a empresa francesa tem um plano ainda mais ambicioso. Segundo ela, a França pode se tornar livre de energia não renovável com apenas um quarto de suas estradas pavimentadas com painéis solares.

Alemanha, EUA e Holanda também constroem estradas solares

Uma façanha dessas com certeza chamaria atenção pelo mundo. De fato, países como Alemanha, Estados Unidos e Holanda estão trabalhando nas rodovias solares também. 

Como dito anteriormente, não é um trabalho de engenharia fácil. Todavia, esses países estão engatinhando na direção certa.

Os planos são grandes para a rodovia solar, e os principais projetos pretendem que as estradas sejam ocupadas por carros em apenas 20% do tempo. Assim é possível obter muita energia elétrica por meio dos painéis solares.

A Alemanha está tímida com a nova tecnologia, implementando apenas 150 metros de painéis no país. Já os EUA estão a todo o vapor e sua ideia principal é implementar painéis em toda a Route 66, estrada cuja extensão atravessa o país.

A grande dificuldade na implementação dessas estradas é a tecnologia necessária para os painéis suportarem o tráfego. 

De fato, principalmente no que tange à Route 66, a movimentação é intensa. Assim são necessários muitos testes antes de construir em larga escala.

Rodovias solares enfrentam problemas

Rodovias Solares problemas
Image: Reuters

Cerca de 3 anos após a implementação das estradas solares, apesar de todos os benefícios, elas têm se mostrado ainda não desenvolvidas o suficiente

A grande parte delas se deteriorou rapidamente, chegando a ficar em fragmentos. Além disso, o ganho energético foi muito menor que o previsto pelas projeções.

Em alguns casos os painéis solares se soltaram, em outros foram reduzidos a pó. Isso mostra que a tecnologia não estava preparada para tanto estresse mecânico, embora os testes iniciais dizerem que sim.

A aposta agora está nas ciclovias solares. No ano de 2018, essa tecnologia conseguiu mostrar que realmente vai dar certo. Sua geração de energia foi satisfatória, e como o estresse mecânico é baixo, há grande chance de durar por muito tempo.

Foram construídos 70 metros de ciclovia solar nos Países Baixos. Sua estimativa de produção era entre 50 e 70 kWh por metro quadrado por ano, mas foram gerados 73 kWh por metro quadrado por ano logo no primeiro ano. Já no segundo, esse valor foi maior, saltando para 90 kWh por metro por ano.

Mesmo com o fracasso da rodovia solar, o futuro para a ciclovia solar é promissor. Há vários projetos para ela em diversos países, e logo poderemos ver os resultados de sua implementação.

Mas isso não significa que rodovias solares são inviáveis. As dificuldades encontradas na construção e manutenção delas é um indicativo de que modificações devem ser feitas a fim de atingir um resultado satisfatório no futuro.