Todos estamos acostumados a lembrar da Fórmula 1 com os gritos de “Ayyyrton Senna do Brasil!”. Mas você sabia que podemos comemorar grandes vitórias brasileiras também na Fórmula E?
Esta competição automobilística acontece desde 2014 e somente carros 100% elétricos participam dela. A Fórmula E proporciona disputas acirradas servindo de área de testes para as novas tecnologias de carros elétricos ao mesmo tempo em que é um esporte com muitos fãs. Os carros são extraordinários e melhoram a cada ano!
Pilotos brasileiros da Fórmula E já fizeram bonito e deixaram nosso país muito orgulhoso assim como acontecia na época de Ayrton Senna na Fórmula 1. Aproveitando o gancho, também vamos fazer a comparação entre estas duas competições que já tiveram brasileiros vitoriosos.
O que você vai ver aqui:
Fórmula E: Como Funciona?
A Fórmula E é o primeiro campeonato de corrida com carros completamente elétricos. Competem 20 pilotos divididos em 10 times em uma temporada de sete meses em várias cidades espalhadas pelos cinco continentes (veja os melhores momentos de uma corrida aqui).
Não é somente quem gosta e acompanha a Fórmula E que se beneficia dos grandes momentos das corridas. Esse campeonato automobilístico possui 10 grandes produtoras de carro e 11 parceiros que tornam a corrida possível. Assim as corridas se tornam local para testes de novas tecnologias criadas para carros elétricos. As corridas acirradas nos dão cada vez mais tecnologias para melhorar os carros elétricos. Futuramente essas tecnologias estarão em nossos carros, deixando os gastos e a poluição mais baixos!
Já imaginou dar um empurrãozinho no desempenho do seu jogador de futebol preferido ou marcar uma cesta de três pontos durante um jogo da seleção brasileira de basquete a partir do conforto da sua casa?
Na Fórmula E isso é possível com o FANBOOST. Por meio do site qualquer pessoa pode votar no seu piloto favorito. A votação ocorre entre seis dias até seis minutos antes que a corrida comece. Os três pilotos mais votados podem usar um impulso que aumenta a potência do carro em até 20% por cinco segundos durante a corrida.
A pontuação funciona de forma padrão pontuando somente os 10 primeiros colocados, porém o piloto que assegurar a pole position ganha três pontos adicionais e o piloto que fizer a volta mais rápida ganha um ponto adicional.
Tecnologia de ponta em carros elétricos
A Renault é responsável pelos componentes elétricos, a Dallara pelo chassi e a Spark Racing Technology pela montagem do carro.
O motor elétrico – oferecido pela McLaren Eletronic Systems – tem 200 kW de potência, equivalentes a 270 Cv, porém a potência total só é liberada durante a classificação, o máximo permitido na corrida é 230 Cv. Este motor faz o carro atingir 100 km/h em 2,95 segundos e uma velocidade máxima de 250 km/h.
O chassi é feito de fibra de carbono e alumínio, a bateria pode ter o máximo de 28 kW/h por carro e pode chegar a 300 kg, o peso mínimo do carro é de 880 kg (incluindo o piloto e a bateria). O carro tem 5 m de comprimento, 1,8 m de largura e 1,27 m de altura.
Safety Car Elétrico
A ideologia elétrica transcende os carros que correm e o modelo escolhido para ser o safety car é uma BMW i8.
Temporadas de Fórmula E até hoje
A Fórmula E estreou em 13 de setembro de 2014 com a vitória do brasileiro Lucas Di Grassi. Vejamos como foram todas as temporadas:
- 2014-15: Temporada composta por 11 corridas em 10 cidades e sete vencedores diferentes teve como campeão o também brasileiro Nelson Piquet Jr. com apenas um ponto à frente de Sébastien Buemi. Além disso, na última corrida Piquet, Buemi e Di Grassi tinham chances de serem campeões.
- 2015–16: Começou em outubro de 2015 e terminou em julho de 2016. Teve um total de 10 corridas em nove cidades e o campeão foi Buemi com dois pontos à frente de Di Grassi.
- 2016–17: A primeira corrida aconteceu em outubro de 2016 em Hong Kong, enquanto a última em julho de 2017 em Montreal. Essa temporada consagrou Di Grassi campeão na última corrida com 24 pontos à frente de Buemi.
- 2017–18: A quarta temporada da Fórmula E está agendada para começar no dia 2 de dezembro de 2017 em Hong Kong, terá 14 corridas e acabará dia 29 de julho de 2018. Duas importantes mudanças de regras acontecerão para esta temporada: a potência durante a corrida foi aumentada para 180 kW (ou 230 Cv, como dito acima) e o ponto ganho por volta mais rápida só será dado a quem ficar entre os dez primeiros colocados.
Os brasileiros Lucas Di Grassi e Nelson Piquet Jr. têm trazido muitas vitórias para seu país. Di Grassi foi o primeiro piloto a vencer uma corrida de carros completamente elétricos, na mesma temporada (2014-15) ficou em terceiro lugar 11 pontos atrás do campeão. Na segunda temporada foi vice-campeão, conquistando o renomado título de campeão somente na terceira temporada com 24 pontos de sobra.
Já Piquet foi o campeão da disputada primeira temporada da Fórmula E, porém caiu de rendimento obtendo a 15º posição na segunda e a 11ª posição na terceira temporada.
É parecida com a Fórmula 1?
Em algumas características podemos ver semelhanças e diferenças entre a Fórmula 1 e a Fórmula E:
- Semelhanças: As dimensões de um carro da Fórmula 1 são próximas de um carro da Fórmula E, a largura de ambos é 1,8 m e o comprimento é cerca de 20 cm a mais para os carros da Fórmula 1. Outra semelhança é o peso, pois um carro da Fórmula 1 pode chegar a 800 kg com o tanque cheio, próximo dos 880 kg da Fórmula E. Por fim, a aceleração de 0 a 100 km/h da Fórmula E perde por míseros 0,35 segundos!
- Diferenças: A velocidade máxima do motor a gasolina da Fórmula 1 chega a incríveis 380 km/h. Uma corrida de Fórmula 1 ocorre durante sexta, sábado e domingo (levando em conta os treinos, classificações e a corrida), já uma corrida de Fórmula E começa domingo de manhã e acaba já no começo da tarde. O pit stop da Fórmula 1 serve para abastecer e trocar pneus enquanto o da Fórmula E é usado para o piloto trocar de carro! Para finalizar, uma grande equipe da Fórmula 1 tem um orçamento de 900 milhões de reais enquanto uma equipe da Fórmula E gasta somente 15 milhões de reais.
Portanto, a Fórmula E é uma competição que vale a pena acompanhar. Dela nós só esperamos que os motores elétricos cada vez mais melhorem e que possamos gritar muito com vitórias do Lucas Di Grassi ou do Nelson Piquet Jr.