Uma pesquisa realizada no Brasil, indica que os veículos elétricos serão a maioria nas ruas e estradas em apenas 17 anos.
A previsão é de que, até 2040, 55% dos carros e motos que estiverem em uso no país, serão movidos de maneira eletrificada.
Se hoje o número de emplacamentos ainda é pequeno, um dos menores em nível global, esse crescimento previsto é uma notícia ainda mais impressionante.
Afinal, indicar que os veículos elétricos serão a maioria, abre espaço para uma série de novidades, que são boas e ruins.
As boas, envolvem as questões de sustentabilidade, de modo que se os veículos elétricos serão a maioria, o Brasil está totalmente engajado nas propostas de redução de emissão de carbono na atmosfera.
Entretanto, ao mesmo tempo elas são ruins porque exigem um grande investimento financeiro, tecnológico e de inteligência, para preparar o cenário até 2040.
O crescimento será progressivo
A pesquisa feita pela empresa McKinsey & Company, chamada de “Acelerando a mudança rumo à Mobilidade Sustentável no Brasil”, prevê que o salto até quando os veículos elétricos serão maioria não acontecerá de maneira unitária.
Entre as indicações previstas, está de que:
- Em 2030, 20% dos veículos emplacados serão elétricos;
- Já em 2035, esse número cresce para 35%;
- Finalmente, em 2040, se alcança o ápice da pesquisa, com a previsão de ter 55% de veículos elétricos emplacados e rodando.
Aliás, a progressão pode ser entendida como uma proposta lógica: quanto mais demanda, maior poderá ser a oferta.
Além disso, a influência do consumo, mais propagandas, mais viabilidade, redução dos custos, tudo isso vai favorecer até o momento em que os veículos elétricos serão maioria.
Esse é um detalhe extra que a pesquisa revelou. De acordo com o aumento expressivo no número previsto, a expectativa é que, em 2040, o Brasil seja um dos maiores mercados de veículos elétricos do mundo.
Isso nos colocaria na vanguarda das operações, podendo receber enormes benefícios da posição. Uma das mais relevantes, seriam lançamentos de novidades do setor em primeira mão no país, medindo o nível de interesse a partir dos consumidores brasileiros. Isso acontece, hoje, em mercados como o europeu e o chinês, onde os veículos elétricos são sumariamente consumidos.
Por que há essa previsão de que os veículos elétricos serão maioria no Brasil?
Muitos devem estar se perguntando como o Brasil sai de uma posição efetivamente “atrasada” em relação à mobilidade elétrica e chega a um patamar em que a maioria dos meios de locomoção serão os eletrificados.
Mas, a resposta para isso é relativamente simples. O mercado consumidor brasileiro vem aderindo com mais ênfase às propostas de sustentabilidade.
Nesse caso, a troca dos veículos à combustão pelos elétricos é uma das práticas mais eficientes em busca de uma economia mais verde.
Ao mesmo tempo, também é importante considerar a eficiência dos elétricos, que vem crescendo exponencialmente. Seguindo uma lógica produtiva avaliada nos dias de hoje, em 13 anos teremos veículos muito mais eficientes e que geram menos custos.
Mas, a resposta, para isso, é uma proporção básica: os veículos elétricos “compensam” mais. Seja na autonomia, seja na manutenção, seja na desvalorização de mercado.
Logo, os consumidores também estão atentos a essa métrica e isso não pode ser deixado de lado.