No último post nós trouxemos uma notícia sobre o fator Inmetro, que abalou consideravelmente o mercado de mobilidade elétrica no país.
A partir de agora, o órgão passou a etiquetar a eficiência dos eletrificados com uma taxa de 30% de “sobra”.
Isso significa que a autonomia, então, passou a ser considerada de apenas 70% do informado pela montadora.
A justifica desse fator Inmetro foi de que essa mudança serviria para que os possíveis compradores de elétricos tivessem real noção sobre a autonomia dos carros. Assim, eliminando, do total, aquilo que eles consideram perdas.
Afinal, todo carro, mesmo os com motor à combustão, possuem uma taxa de “gastos” que serve para que o veículo, efetivamente, se mantenha em funcionamento.
O maior “zum-zum” sobre a nova taxação proposta pelo fator Inmetro vem do fato de que essa mesma definição não é aplicada nos carros à combustível.
Por sua vez, isso poderia levar a um desestímulo pela compra de carros elétricos. Porém, não foi exatamente isso que aconteceu.
O fator Inmetro acabou sendo vantajoso para o mercado de carros eletrificados. Entenda o porquê!
Por que o fator Inmetro tem sido vantajoso para o mercado de elétricos?
Na verdade, a implementação do fator Inmetro, em um primeiro momento, fez com que o público entusiasta dos veículos elétricos achassem que eles seriam vistos como menos eficientes.
Porém, a proposta do órgão foi de inserir nos carros o mesmo padrão de etiquetagem de eficiência que já é tradicional na compra de qualquer item elétrico para sua casa.
Mas, diferente do que vem descrito nas etiquetas da sua geladeira ou máquina de lavar, nos carros a informação será dada em uma nova métrica: MJ/Km (megajoule por kilômetro).
De uma forma bastante simples, e para não entrarmos em uma terminologia física bastante técnica, esse padrão de etiquetagem proposto pelo fator Inmetro vai ajudar o consumidor a verificar, efetivamente, quantos quilômetros o carro elétrico consegue fazer com uma determinada quantidade de carga.
É um parâmetro muito mais próximo daquele realizado com os carros à combustão. Afinal, parece com o que se mede a sua eficiência calculando quantos quilômetros ele percorre com um litro de gasolina.
As comparações têm sido positivas
Então, depois de entender que o fator Inmetro não é, realmente, um vilão para a mobilidade elétrica, conseguimos observar o motivo pelo qual ele vem sendo considerado, na verdade, um verdadeiro mocinho.
Afinal, quando o comparativo de eficiência entre o carro elétrico e o carro à combustão é feito, se torna mais simples identificar a superioridade dos modelos eletrificados.
Para que você compreenda isso de maneira prática, vamos exemplificar em dois cenários diferentes e duas alternativas de comparação.
A primeira, será avaliando dois tipos de veículos, um elétrico e outro à combustão, de mesma categoria e porte similar.
Representando os elétricos, vamos escolher o sedã de luxo extra grande JAC E-7. O motor à combustão que mais se aproxima dele, seria o BMW 320i.
Porém, enquanto o JAC E-7 possui um consumo de 0,58 MJ/km, o BMW 320i tem um consumo de 1,86 MJ/km. Praticamente três vezes mais “gastão” do que o modelo eletrificado.
Agora, pensando em outro cenário, vamos considerar um modelo elétrico que seja avaliado como de “pouca” autonomia. Seria, em suma, um carro elétrico gastão. No caso, o Porsche Taycan 4CT.
O Porsche tem um consumo energético de 0,9 MJ/km. Fazendo a conversão para km/l, isso significa que ele faria algo em torno de 23 km/l na cidade.
Vê como, no fim, o fator Inmetro foi positivo? Então, o que você acha sobre isso? Deixe seu comentário e nos conte a sua opinião sobre o tema!